1 décembre 2016
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Fernando Arthur Freitas Neves et al., « Da diocese ao parlamento se faz o ultramontanismo: D. José, um bispo político na Amazônia oitocentista (1844-1857) », Historia y Sociedad, ID : 10670/1.hafswl
Resumo As relações entre Estado e Igreja foram desgastadas nos embates das visões de mundo no decorrer do século XIX, resultando na ruptura da aliança trono-altar, com um progressivo aumento da busca pela autonomia da Igreja. Durante os anos 40 e 50 essa tensão entre os dois poderes ainda não havia transbordado, particularmente na Amazônia. Partilhavam os membros da Igreja católica do exercício de gestão do Estado por meio dos pleitos eleitorais e da confirmação nas funções regulares de escrituração pública nos livros de paroquia, quanto na oferta dos serviços pastorais e simbólicos. O presente trabalho visa demonstrar a intervenção de D. José Afonso de Moraes Torres, continuador na diocese do Pará, da feição do catolicismo conservador em sintonia com Santa Sé, em consonância com a introdução das teses do ultramontanismo em curso no Brasil. Esse pastorado cuidou de implantar medidas de reforma da católica prestando maior acento aos sacramentos, como fica evidente em sua atuação quando foi membro do parlamento nacional.