1 juin 1998
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10.17575/rpsicol.v12i2.579
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Ana Sofia dos Santos et al., « À semelhança do estudo de Chase e Simon: Sobre a memória de informação clínica por psicoterapeutas dinâmicos especialistas e não-especialistas », Psicologia, ID : 10670/1.ikb2vs
Psicoterapeutas de orientação psicodinâmica com diferentes graus de experiência, foram sujeitos, uns à condição de dois casos clínicos típicos e outros à condição de dois casos clínicos atípicos. Todos os psicoterapeutas foram confrontados com duas tarefas: (1) avaliação diagnóstica, e (2) tarefa de memória em que reconheciam a informação contida nos casos, depois de os terem visto separadamente durante seis minutos (para cada um). Os resultados mais importantes foram: os especialistas revelaram um desempenho superior na tarefa de memória ao reconhecerem um número significativamente maior de índices na condição de casos típicos, e face a informação incongruente emergiu uma superioridade dos não-especialistas. Estes resultados tornaram-se ainda mais pregnantes quando, na análise, se utilizou um critério de correcção das respostas mais abrangente ou benevolente, já que este permite obter uma medida mais sensível da memória. Estas diferenças não puderam ser atribuídas a uma capacidade superior de memória de qualquer dos grupos, uma vez que para a memória de índices irrelevantes o desempenho dos grupos foi idêntico. Adicionalmente, constatou-se um maior reconhecimento dos índices consistentes com o diagnóstico de psicose. Este resultado foi relacionado com o elevado número de diagnósticos de psicose que surgiram nos casos atípicos; e pode ser explicado por postulados teóricos baseados na teoria dos esquemas, que serão brevemente discutidos no presente estudo.