A REGIÃO DO JARÍ, DO EXTRATIVISMO AO AGRONEGÓCIO: AS CONTRADIÇÕES DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NA AMAZÔNIA FLORESTAL NO EXEMPLO DO PROJETO JARÍ

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3 janvier 2011

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Anna Greissing, « A REGIÃO DO JARÍ, DO EXTRATIVISMO AO AGRONEGÓCIO: AS CONTRADIÇÕES DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NA AMAZÔNIA FLORESTAL NO EXEMPLO DO PROJETO JARÍ », HAL-SHS : géographie, ID : 10670/1.iyxnms


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Longtemps isolée du reste du Brésil, cette région connaît son développement économique à partir de 1967 avec l'arrivé du multimillionnaire Américain Ludwig, dont le projet ambitieux (connu comme "projeto Jarí") consiste à former un laboratoire de développement économique pour l'Amazonie à base de l'agroindustrie, alors que la zone était déjà peuplée de petites communautés locales dispersées dans la forêt et vivant de l'extractivisme des ressources naturelles. Cette contribution vise à montrer comment une firme, dont la présence provoque un important bouleversement régional, apporte des réponses aux contradictions du développement économique en Amazonie. On analysera notamment le rôle de l'entreprise dans le développement régional, afin de comprendre ses stratégies territoriales en vu d'alliances favorables avec les pouvoirs publiques et les populations locales. Alors qu'un dialogue constructif entre ces acteurs a effectivement été ouvert notamment par l'intermédiation d'une Fondation sociale créée par l'entreprise, la question sur la répartition des tâches entre l'état et l'entreprise demeure une source de désaccord, encore aggravée par des conflits fonciers historiques autour de la propriété sur des aires protégées à proximité du territoire réclamé par l'entreprise.

A região do Jari, situada ao norte da Amazônia brasileira, constitui hoje o cenário de uma fusão complexa entre dois mundos, o arcaico e o moderno. Muito tempo isolada do resto do Brasil como uma região dominada pelo extrativismo dos recursos naturais da floresta, a região do Jari conhece uma mudança radical com um novo desenvolvimento econômico, a partir de 1967, ano de chegada do multimilionário americano D. K. Ludwig. A visão do empresário Ludwig era a transformação da região num polo econômico agro-industrial na Amazônia a base da produção de celulose em grande escala, embora a zona já estivesse povoada por pequenas comunidades locais dispersadas na floresta e vivendo do extrativismo dos recursos naturais. Conhecido como "projeto Jari", o empreendimento do Americano foi fortemente criticado pelos seus impactos ambientais e sociais (desmatamento, migração...). Depois de repetidos malogros econômicos do projeto nos anos 1980 e 1990, esse é finalmente repassado a um novo grupo de empresários originários de São Paulo, o grupo ORSA, em 1999. A nova empresa na direção do projeto enfrentou dois desafios principais: fazer da produção de celulose uma atividade economicamente viável (com investimentos e inovações técnicas), e restabelecer a legitimidade e aceitação pública do projeto. Para isso, a empresa cria, em 2000, uma Fundação inspirada nos princípios éticos da responsabilidade social e ambiental, e compromete-se, desde então, com o desenvolvimento de pequenos projetos econômicos e sociais com as populações locais. A evolução da região do Jari e de "seu" empreendimento, único entre os grandes projetos desenvolvidos na Amazônia, esta no centro deste artigo. Após uma síntese geohistórica do projeto Jari, discutimos as novas estratégias da empresa para a gestão do seu território, assim como as possibilidades e limites da sua fundação para contribuir de maneira eficaz com um desenvolvimento mais sustentável, capaz de resolver as contradições do desenvolvimento econômico no contexto histórico daquela região.

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