O gozo extático do expectador de uma cena perversa

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2004

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Revista Mal-estar E Subjetividade



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Luís Flávio Couto et al., « O gozo extático do expectador de uma cena perversa », Revista Mal-estar E Subjetividade, ID : 10670/1.jeporl


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"A questão do gozo extático, ponto nodal e traumático de alguémque se vê confrontado a uma cena perversa, merece uma atençãoparticular. Trata-se de um estado provocado pelodesencadeamento, em um sujeito, de uma certa experiência realacompanhada de paralisia motora carregada de susto que deixaesse alguém perplexo e fascinado frente à visão de uma cenaperversa da qual não é capaz de desvencilhar-se facilmente.Procura-se, nesta pesquisa, estabelecer os elementos decomparação entre este o ponto de gozo do estado extático e aexperiência infantil de um ponto nela despertado pelo outro. Nessesentido, trabalha-se com a hipótese de um ‘saber como se goza’ doperverso. Ou seja, com hipótese de que o perverso é capaz dedetectar o tipo de ação que produz, no outro que a vê, o horror. Edisso ele se ocupa para gozar. O perverso detém o saber de comodespertar esse ponto extático que deixa o outro totalmentedesamparado e entorpecido. Para o perverso, que goza do horrorproduzido, esse provocar reforça a sua sensação de nada haverque o limite, jogando-o, cada vez mais, na sensação de tudo poder.Nesse sentido, pode-se dizer que o sujeito se encontra subjugadoao outro, certamente repetindo uma experiência arcaica doencontro com a alteridade. Não se trata de ‘estático’ (statique),‘parado’, mas de um termo para descrever um limite mortal, quenão deixa de guardar semelhança com a palavra ‘êxtase’ (extase) da qual deriva."

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