Dominação e reprodução da automobilidade: a rede de auto-estradas das Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto

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1 août 2018

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Miguel Padeiro, « Dominação e reprodução da automobilidade: a rede de auto-estradas das Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto », Finisterra - Revista Portuguesa de Geografia, ID : 10670/1.k958nk


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A mobilidade contemporânea é dominada pelo automóvel. Como sistema autoreprodutivo, a automobilidade tem-se reforçado ao longo do tempo, contribuindo para um conjunto de alterações sociais, culturais e geográficas. Neste quadro, as auto-estradas constituem um revelador da relação entre os territórios e o automóvel. Este artigo incide sobre as duas Áreas Metropolitanas Portuguesas (Lisboa e Porto), cuja rede de auto-estradas cresceu nas últimas três décadas de forma significativa. Com base numa revisão da literatura e nalguns dados estatísticos produzidos no decorrer de uma investigação em curso, providenciam-se pistas de reflexão acerca da realidade nacional. Os números mostram que as duas Áreas Metropolitanas ocupam uma posição excepcional no contexto europeu, com uma densidade de auto-estradas superior a 140km de vias por mil km², equivalendo a um possível sobredimensionamento da rede em 35-42% face a outras metrópoles europeias. A expansão recente (2000-2016) da rede de auto-estradas mostra que esta situação não resulta só das necessárias políticas de modernização e de uma resposta automática ao desenvolvimento económico. Deve principalmente à ineficiente regulação da expansão urbana e à aceitação total, até um período muito recente, do automóvel como resposta às necessidades de mobilidade.

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