O comportamento dos partidos políticos em impeachment presidencial : comparando os casos Fernando Collor de Mello e Dilma Rousseff

Fiche du document

Date

1 octobre 2021

Discipline
Type de document
Périmètre
Langue
Identifiant
Source

Lusotopie

Relations

Ce document est lié à :
info:eu-repo/semantics/reference/issn/1257-0273

Ce document est lié à :
info:eu-repo/semantics/reference/issn/1768-3084

Organisation

OpenEdition

Licences

All rights reserved , info:eu-repo/semantics/openAccess




Citer ce document

Maria do Socorro Sousa Braga, « O comportamento dos partidos políticos em impeachment presidencial : comparando os casos Fernando Collor de Mello e Dilma Rousseff », Lusotopie, ID : 10670/1.kbqe2b


Métriques


Partage / Export

Résumé Pt Fr En

O objetivo deste artigo é verificar o comportamento dos partidos políticos nos dois impeachments presidenciais que ocorreram na VI República brasileira. Para que este mecanismo seja usado nas crises políticas de governança, uma condição necessária é que uma parcela significativa do Legislativo, dois terços no caso da legislação brasileira, vote pela destituição do chefe do Executivo. Mas, se em 1990 o ex-presidente Fernando Collor de Mello de fato não contava com o apoio da maioria dos partidos para governar, em 2015 a ex-presidente Dilma Rousseff começou o seu mandato com ampla coalizão. Argumenta-se que nas duas crises políticas a falta do apoio de um grande partido de centro, garantidor do equilíbrio necessário à governabilidade, reduziu sobremaneira as chances de continuidade desses chefes do Executivo. Entre as principais conclusões, verificou-se que, no caso de Collor a estratégia de se colocar como o herói solitário afastou quase todos os partidos. No caso de Rousseff, embora tenha formado coalizão governamental ampla e heterogênea ideologicamente, incluindo um partido grande de centro, o PMDB, este foi, no entanto, o principal artífice do impeachment.

L’objectif de cet article est de vérifier le comportement des partis politiques dans les deux destitutions présidentielles qui ont eu lieu dans la VIe République brésilienne. Pour que ce mécanisme puisse être utilisé, une condition importante est qu’une partie importante de la Législative, deux tiers dans le cas de la législation brésilienne, vote pour le renvoi du chef de l’exécutif. Mais si en 1990 l’ancien président Fernando Collor de Mello n’avait pas le soutien de la plupart des partis, l’ancienne présidente Dilma Rousseff a commencé son mandat en 2015 avec une large coalition. On a fait valoir que dans les deux crises politiques, le manque de soutien d’un grand parti du centre, garant de l’équilibre nécessaire à la gouvernabilité, a considérablement réduit les chances de continuité de ces dirigeants. Parmi les principales conclusions, il a été constaté que dans le cas de Collor, la stratégie de poser comme le héros solitaire aliéné presque tous les partis. Dans le cas de Rousseff, bien qu’il ait formé une coalition de gouvernement large et idéologiquement hétérogène, y compris un grand parti du centre, le PMDB, il était, cependant, l’ordonnateur principal de la destitution.

The objective of this article is to verify the behavior of political parties in the two presidential impeachments that occurred in the VI Brazilian Republic. For this mechanism to be used a necessary condition is that a significant portion of the Legislative, two thirds in the case of Brazilian legislation, vote for the dismissal of the chief executive. But in 1990 former President Fernando Collor de Mello did not actually have the support of most parties to govern, whereas in 2015 former President Dilma Rousseff began her mandate with a broad coalition. It is argued that in both political crises the lack of support from a major center party, guarantor of the necessary balance to governability, greatly reduced the chances of continuity of these chief executives. Among the main conclusions, it was found that in the case of Collor the strategy of posing as the lone hero alienated almost all parties. In Rousseff’s case, although she had formed a broad and heterogeneous ideological coalition of government, including a large center party, the PMDB, it was the main architect of impeachment.

document thumbnail

Par les mêmes auteurs

Sur les mêmes sujets

Sur les mêmes disciplines

Exporter en