Militante e/ou escritor: ironias migueisianas

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2017

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Georges Da Costa, « Militante e/ou escritor: ironias migueisianas », HAL-SHS : littérature, ID : 10670/1.l93r70


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Résumé Pt

A produção ficcional migueisiana em livro, que se prolonga por quase cinquenta anos , não pode ser dividida cronologicamente em fases literárias correspondentes às fases da vida do escritor mas deve ser definida como a resultante de dois modos de escrita que se sucederam e/ou se sobrepuseram: um "modo militante", baseado num compromisso ético e político ao serviço de um ideal de sociedade mais justa, modo de oposição aberta a uma ordem social injusta, onde a literatura de ficção é concebida como uma ferramenta de transformação social à disposição do militante político, onde as narrativas querem-se realistas, onde a intenção pedagógica está no centro do projecto literário, e onde a ironia clássica, utilizada mais frequentemente com fins satíricos, em processos facilmente observáveis no corpo do texto, é um dos instrumentos privilegiados; e um "modo escritor", mais baseado na dúvida e na liberdade do escritor, onde Miguéis, exilado primeiro do seu país natal e depois do seu activismo político, interroga a complexidade do mundo e da realidade, entre a autobiografia e a ficção, exprime um questionamento existencial e identitário, sinal de um relacionamento bastante trágico com o mundo e que, por sua vez, questiona o próprio acto de escrever, mostrando uma ironia literária mais moderna.

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