As representações sociais circulantes no período de margem do ritual de passagem: o caso dos peritos criminais em estágio probatório

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2014

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RAM. Revista de Administração Mackenzie



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NEUSA ROLITA CAVEDON, « As representações sociais circulantes no período de margem do ritual de passagem: o caso dos peritos criminais em estágio probatório », RAM. Revista de Administração Mackenzie, ID : 10670/1.n0jvef


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"O trabalho tem por objetivo identificar as representações sociais construídas pelos peritos criminais em estágio probatório, portanto no período de margem do ritual de passagem. A noção de ritual norteadora do artigo está baseada nos autores Turner (1974), Van Gennep (1978), DaMatta (1978, 1983), Rivière (1997), Segalen (2000) e Peirano (2003) e é definida como um momento extraordinário em que os valores e conhecimentos são apresentados aos neófitos como forma de inseri-los no universo cultural no qual estão ingressando. As representações sociais construídas ao longo desse período vão apresentar peculiaridades ineren- tes à posição ocupada pelos neófitos. E as representações sociais, de acordo com Sperber (2001), dentro de uma ótica antropológica, emergem de uma compo- sição articulada em torno da representação em si, do conteúdo dessa represen- tação, de um usuário e de um produtor (que, em alguns casos, pode ser o pró- prio usuário). As representações mentais são aquelas construídas no interior do usuário. As representações públicas são as representações mentais compartilha- das entre as pessoas de um determinado grupo. Os sujeitos integrantes de uma comunidade ou grupo social, cada um deles possui em seu interior uma gama de representações mentais, e parte desse saber ou dessas representações será, ao se tornar pública, compartilhada entre os integrantes do grupo. Assim, os sujeitos vão construir suas representações mentais semelhantes àquela originalmente publicizada. O método etnográfico permitiu acompanhar os ingressantes desde o estágio da separação até o momento de margem. A observação participante e simples foi empreendida desde maio de 2009 até junho de 2012 junto aos neófitos. As representações circulantes na fase de liminaridade contemplaram o trabalho, como desgaste emocional, um valor positivo, interferindo na vida fami- liar, identificado como CSI, positivo e negativo aos olhos da polícia, humor negro e falta de recursos. Vale destacar que a humildade e as críticas acompanhadas de aspectos positivos foram acionadas, mesmo sendo os neófitos ingressantes no setor público, o que confirma as teorizações elaboradas por antropólogos que enfatizam a humildade e o comedimento como sendo comportamentos espera- dos na fase de margem do ritual de passagem."

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