Otto Maria Carpeaux, Romain Rolland et le modèle français: Une controverse politico-littéraire dans le Brésil des années 1940

Fiche du document

Type de document
Périmètre
Langue
Identifiants
Collection

Archives ouvertes

Licence

info:eu-repo/semantics/OpenAccess



Citer ce document

Andréas Pfersmann, « Otto Maria Carpeaux, Romain Rolland et le modèle français: Une controverse politico-littéraire dans le Brésil des années 1940 », HAL-SHS : sciences politiques, ID : 10670/1.qorgmi


Métriques


Partage / Export

Résumé Pt

O imigrante austríaco Otto Maria Carpeaux (1900-1978) permanece célebre no Brasil come médiador, crítico literário e journalista político fortemente oposto, durante os anos 60, ao regime militar e a seus aliados norte-americanos. Autor de uma obra considerável, este comparatista selvagem compôs uma História da literatura occidental (1959-64) em oito volumes, muito pouco conhecida fora dos países lusófonos. Mudando seu verdadeiro nome, Otto Karpfen, este intelectual judeu converteu-se em Viena ao catolicismo e foi um ativo partidário do regime clérico-fascista dos chanceleres Dollfuß e Schuschnigg antes de emigrar, em 1938, para a Bélgica e posteriormente para o Brasil. É no exílio latino-americano que encontrou seu caminho, como ensaísta, no discurso sobre a literatura e que se inclinou para a esquerda radical.Seguindo-se a um necrólogo pouco respeitoso que Carpeaux publicou após o falecimento de Romain Rolland, explodiu uma controvérsia muito viva ente janeiro e maio de 1944, que polarizou por muitos meses os meios intelectuais brasileiros, divididos entre apoiadores e detratores de Carpeaux. Defendido por Alvaro Lins, Carpeaux foi especialmente atacado por Dalcídio Jurandir, Oswald de Andrade, Carlos Lacerda, Guilherme Figuereido e Genolino Amado. Mas são três artigos hostis de Georges Bernanos, fortemente marcados de antisemitismo, e publicados em O Jornal no começo de 1944, que obtiveram o maior impacto. O autor de Chemin de la Croix-des-Âmes critica aí a suposta galofobia de Carpeaux, apresentado então como um divulgador do fascismo. O interessado respondeu firmemente e a história da primeira república austríaca esteve assim bem presente no debate sobre o « caso Carpeaux », bem como o lugar do modelo francês que o autor vienense esforçava-se para relativizar nos suplementos literários da imprensa brasileira. São estes ocorridos, principalmente sob seu prisma político, que este estudo pretende analisar.

document thumbnail

Par les mêmes auteurs

Exporter en