O direito à educação não formal: a circularidade das crianças Kaiowá na aldeia Laranjeira Ñanderu, Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul1

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27 mai 2020

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José Paulo Gutiérrez et al., « O direito à educação não formal: a circularidade das crianças Kaiowá na aldeia Laranjeira Ñanderu, Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul1 », Trajectoires Humaines Transcontinentales, ID : 10.25965/trahs.519


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O presente trabalho analisará o direito à educação não formal das crianças Kaiowá que circulam dentro de seu território (povoado), em que elas vivem juntamente com sua família e recebem os ensinamentos da educação tradicional. Na aldeia, as crianças encontram-se por todos os lugares, participam da vida dos adultos que transitam na aldeia, brincam nas trilhas que ligam as casas à mata e têm autonomia e liberdade para circular dentro do território. O enfoque é entender que a infância das crianças Kaiowá perpassa as brincadeiras, a educação não formal, os modos de ensinar e aprender, a cosmovisão e a representação que lhes permitem uma melhor compreensão e partilha do viver social na aldeia. Nesta comunidade, as crianças e suas famílias ocupam um pequeno fragmento de seu território ancestral, o qual se encontra em um processo judicial de reintegração de posse, porém as crianças circulam livremente pelas trilhas na aldeia para visitar os parentes, caçar passarinhos, coletar frutas e tomar banho no córrego Karajá Arrojo. A vivência delas se diferencia das atividades dos adultos, embora suas responsabilidades e liberdades sejam diferentes de acordo com a idade de cada uma. Perceber como aprendem os ensinamentos por meio da educação não formal por meio da circularidade vivida dentro do território é um direito que lhes assegura manter viva sua história, sua cultura e a tradição.

This paper will analyze the right to non-formal education of the Kaiowá children that circulate within their territory (village), where they live together with their family and receive the teachings of traditional education. In the village, children find themselves everywhere, participate in the lives of adults who travel in the village, play on the trails that connect the houses to the woods and have autonomy and freedom to move within the territory. The focus is to understand that the Kaiowá children 's childhood is a joke, non - formal education, ways of teaching and learning, worldview and representation that allow them to better understand and share social living in the village. In this community, the children and their families occupy a small fragment of their ancestral territory, which is in a legal process of reintegration of possession, but the children circulate freely in the village trails to visit relatives, hunt birds, collect fruits and take a shower in the Karajá Arrojo stream. Their experience differs from the activities of adults, although their responsibilities and freedoms differ according to their age. Perceiving how they learn the teachings through non-formal education through the circularity lived within the territory is a right that assures them to keep alive their history, their culture and the tradition.

El presente trabajo analizará el derecho a la educación no formal de los niños Kaiowá que circulan dentro de su territorio (poblado), en que viven junto con su familia y reciben las enseñanzas de la educación tradicional. En la aldea, los niños se encuentran por todas partes, participan en la vida de los adultos que transitan en la aldea, juegan en los senderos que unen las casas a la selva y tienen autonomía y libertad para circular dentro del territorio. El enfoque es entender que la infancia de los niños Kaiowá sobrepasa los juegos, la educación no formal, los modos de enseñar y aprender, la cosmovisión y la representación que les permiten una mejor comprensión y compartir el vivir social en la aldea. En esta comunidad, los niños y sus familias ocupan un pequeño fragmento de su territorio ancestral, el cual se encuentra en un proceso judicial de reintegración de posesión, pero los niños circulan libremente por los senderos en la aldea para visitar a los parientes, cazar pajaritos, recoger frutas y bañarse en el arroyo Karajá Arrojo. La vivencia de ellas se diferencia de las actividades de los adultos, aunque sus responsabilidades y libertades sean diferentes de acuerdo con la edad de cada una. Percibir cómo aprenden las enseñanzas por medio de la educación no formal a través de la circularidad vivida dentro del territorio es un derecho que les asegura mantener viva su historia, su cultura y la tradición

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