2008
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Ciência & Saúde Coletiva
Charles Dalcanale Tesser et al., « Racionalidades médicas e integralidade », Ciência & Saúde Coletiva, ID : 10670/1.rmkona
" O objetivo deste artigo é discutir aspectosda integralidade, princípio normativodo SUS, a partir de pesquisas organizadas ao redorda categoria racionalidade médica e daepistemologia de Ludwik Fleck. O artigo discutea categoria integralidade, defendendo que a mesmatem distintos significados para doentes e curadoresespecializados; tem maior relevância esignifica uma missão permanente para estes últimos;vincula-se ao relacionamento curadordoentee à eficácia da ação terapêutica. A integralidadeconstitui um grave problema para abiomedicina, cujo saber esquartejou o doente ecentrou sua ação nas doenças biomédicas. Aí,a integralidade está tanto mais bloqueada quantomais especializado o ambiente. A atenuaçãodesses bloqueios passa pela periferia dos círculosespecializados e pelo trabalho em equipes multidisciplinares,traduzidos no SUS, acertadamente,como prioridade para a atenção primária oubásica. Inversamente, outras racionalidades,como a homeopatia e a medicina tradicionalchinesa, comportam um saber/prática facilitadorda integralidade nos seus círculos esotéricose seu desafio, além de sua presença incipiente noSUS, é levar ao mundo de suas práticas, a integralidadede seus círculos esotéricos originais."