La globalisation au Brésil, responsable ou bouc émissaire ?

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28 mars 2016

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Paulo Kliass et al., « La globalisation au Brésil, responsable ou bouc émissaire ? », Lusotopie, ID : 10670/1.ti8v5o


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Résumé Fr Pt En

À la suite de l’adoption des mesures d’ajustement structurel proposées par le FMI, l’économie brésilienne a connu une forte augmentation de son degré d’ouverture, tandis que dans le même temps les conséquences de la mondialisation financière s’avéraient plus fortes que celles de la globalisation commerciale. Malgré les efforts, la réalité sociale et économique du pays n’a pas montré de signes d’amélioration. Bien au contraire, les chiffres relatifs à la croissance économique et aux inégalités placent encore le Brésil derrière la moyenne des pays en développement. Même si les effets pervers du processus engendré par la mondialisation sur les économies les plus faibles sont bien connus, ce n’est pas la globalisation en soi qui doit être considérée comme la seule « coupable » de la faible croissance, du maintien d’un haut degré d’inégalités, de la montée de la précarité.Les causes doivent être recherchées dans le contexte (inégalités élevées) dans lequel la mondialisation opère, dans la faiblesse des politiques publiques d’accompagnement, dans la manière dont l’ouverture s’effectue, enfin dans la gestion de la dette interne qui favorise les activités financières. D’autres pays affichent des résultats assez différents, car ils ont mis en place d’autres politiques ayant pour but de maîtriser et réduire les effets négatifs de la mondialisation.

Na seqüência da adoção de medidas de ajuste estrutural propostas pelo FMI, a economia brasileira conheceu um forte crescimento em seu grau de abertura econômica, ao mesmo tempo em que as conseqüências da globalização financeira foram muito mais severas do que as da globalização comercial. No entanto, apesar dos esforços efetuados, a realidade social e econômica do país não apresentou sinais de melhoria. Pelo contrário, os números relativos ao crescimento econômico e às desigualdades colocam o Brasil ainda atrás da média dos países em desenvolvimento. Mesmo que sejam bastante conhecidos os efeitos perversos provocados pela mundialização sobre as economias mais fragilizadas, a globalização em si mesma não pode ser considerada como a única culpada pelo fraco crescimento, pela manutenção das desigualdades em níveis elevados ou pelo aumento da precariedade.A responsabilidade deve ser buscada no contexto (desigualdades elevadas) em que opera a mundialização, na fragilidade das políticas públicas, na maneira pela qual se efetua a abertura econômica e, finalmente, na gestão da dívida pública favorecendo as atividades financeiras da economia. Outros países apresentam resultados bastante distintos, uma vez que colocaram em operação outras politicas públicas, tendo como objetivo o controle e a redução dos efeitos negativos da mundialização.

Following the adoption of the structural adjustment measures proposed by the IMF, the Brazilian economy saw a strong increase in its degree of opening, while at the same time the consequences of financial globalisation turned out to be bigger than those of commercial globalisation. Despite efforts, the social and economic reality of the country has not shown signs of improvement. On the contrary, the figures relating to economic growth and inequalities still put Brazil lower than average among developing countries. Although the perverse effects of the process engendered by globalisation on the weakest economies are well-known, it is not globalisation itself which should be considered as the sole “culprit” responsible for poor growth, the continuing high level of inequalities, or the rise in insecurity.The causes are to be sought in the context (a high level of inequality) in which globalisation is operating, in the weakness of public assistance policies, in the way opening occurs, and in the management of internal debt which favours financial activity. Other countries are showing quite different results because they have implemented policies that aim to control and reduce the negative effects of globalisation.

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