Les projets d'habitat collaboratif en territoire rural français : des modèles écologiques pour habiter l'urbanisation dispersée Os projetos de habitação colaborativa no território rural francês : modelos ecológicos para habitar a urbanização dispersa Fr Pt

Résumé Pt

O presente artigo tem como tema os projetos de habitação colaborativa situados em territórios rurais que apresentam uma urbanização dispersa. Busca-se investigar o potencial destes projetos como modelos de habitação ecológica. Situados à margem da urbanização, nos territórios rurais de baixa montanha, esses projetos estão distantes das metrópoles, e à margem da produção imobiliária convencional, são também operações onde os futuros habitantes estão implicados diretamente na montagem dos projetos. Por isso, esses projetos de habitação colaborativa representam processos onde são experimentados estilos alternativos de morar, de trabalhar, de construir e de deslocar-se. O estudo desses projetos rurais e experimentais revela-se pertinente para repensar as dimensões ecológicas dos processos de projetos e das formas de assentamentos humanos.A partir de um trabalho de tese que selecionou nove casos de estudo de habitação colaborativa, o método de pesquisa consistiu num primeiro momento na coleta de documentos sobre as operações e no trabalho de campo para observar os espaços de vida e realizar entrevistas com os atores dos projetos. Num segundo momento, realizou-se a análise cruzada dessas informações. Foi possível evidenciar os princípios ecológicos e solidários presentes tomando em conta as dimensões sociais, técnicas e culturais, seja esta em relação à montagem financeira, à gestão da propriedade, à mutualização do espaço ou mesmo ao uso frugal dos recursos naturais. As habitações colaborativas revelam-se também plurais devido à implicação de coletivos de futuros moradores e à inserção em contextos territoriais variáveis. O tema da habitação colaborativa em território rural permite revelar outro modelo de habitação ecológica nos territórios de urbanização dispersa, além do usual modelo da densidade para o ordenamento sustentável dos territórios.