Decentralization of the ecological thought and decolonialities in architecture : Brazilian experiments of a world-making beyond Western modernity Décentrement de la pensée écologique et décolonialités en architecture : expérimentations brésiliennes d'un faire-monde par-delà la modernité occidentale Pensamento ecológico descentrado e decolonialidades na arquitetura : experiências brasileiras de um fazer-mundo para além da modernidade ocidental En Fr Pt

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26 juin 2023

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Lívia Ferreira De França, « Décentrement de la pensée écologique et décolonialités en architecture : expérimentations brésiliennes d'un faire-monde par-delà la modernité occidentale », HAL-SHS : architecture, ID : 10670/1.twpx7o


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Résumé En Fr Pt

The following thesis seeks to study the complex interactions between architecture, ecological thinking, decolonial thinking, ecological feminisms and indigenous cosmovisions. Gathering complementary approaches, the ambition is to understand the connections that are established between the prevailing concepts, imaginaries and values that lead to practices that cause states of socioecological destruction (including the high level of social inequalities, the disappearance of biodiversity, climatic and seasonal disturbance...). In recent years, these phenomena have invited researchers from all fields to theorize and test unexpected hypotheses. This research is at the crossroads of various disciplines and proposes a main hypothesis: « that a disruptive posture towards the civilizational paradigm of colonial Western modernity, including firstly an evolution of the ways of thoughts and systems of value, is a condition necessary to counter tendencies which are destroying cultures and environments ». Starting from the principle that new ecological ontologies must have more importance in our societies, the anthropocentric, androcentric and colonizing basis founding this modernity are questioned in this work through a first part devoted to theoretical exploration and argumentative analysis. In a second part, a history of ecological architecture is drawn up to explain and address the main concepts and issues. Through these prisms, a field survey was conducted in Brazil among practicing architects who intend to produce ecological architecture to try to reveal what terms, values, imaginations, practices and relationships architects put behind the term ecological architecture; and if they outline concepts and conceptions with disruptive potential, they seek to establish bridges overcoming prevailing paradigms. The qualitative character of the analysis of the data obtained, the thematic categories raised during the artisanal exercise of their exploration, as well as the confrontation of the stories heard with the established criteria of validation of the hypothesis, allow the identification of innovative tendencies for the imaginaries and values. The latter are likely to question the tautological principles of architecture.

Cette thèse cherche à étudier la complexe interaction entre architecture, pensée écologique, pensée décoloniale, féminismes écologiques et cosmovisions indigènes. Réunissant des approches complémentaires, l’ambition est de comprendre les connexions qui s’établissent entre les concepts, imaginaires et valeurs dominants menant à des pratiques qui provoquent des états de destruction socio-écologiques (dont le haut niveau des inégalités sociales, la disparition de la biodiversité, le dérèglement climatique et saisonnier...). Depuis quelques années, ces phénomènes invitent les chercheur·ses de toutes disciplines à théoriser et à tester des hypothèses inattendues. Cette recherche se situe à la croisée de diverses disciplines et propose l’hypothèse principale selon laquelle : « une posture disruptive envers le paradigme civilisationnel de la modernité occidentale coloniale, comprenant d’abord une évolution au niveau des imaginaires et des systèmes de valeurs, est une condition nécessaire pour contrer les tendances destructrices envers les cultures et les milieux ». Partant du principe que de nouvelles ontologies écologiques doivent prendre plus de place, les assises anthropocentriques, androcentriques et colonisatrices fondant cette modernité sont questionnées dans ce travail à travers une première partie consacrée à l’exploration théorique et à l’analyse argumentative. Dans une deuxième partie, un historique de l’architecture écologique est dressé pour reprendre les concepts et enjeux principaux. Par ces prismes, une enquête de terrain a été menée au Brésil chez des architectes praticien·nes qui entendent produire une architecture écologique pour essayer de dévoiler quels termes, valeurs, imaginaires, pratiques et rapports les architectes mettent derrière le terme d’architecture écologique ; et si elles et ils esquissent des concepts et des conceptions porteuses de potentiel disruptif, cherchent à établir des ponts de dépassement des paradigmes dominants. Le caractère qualitatif de l’analyse des données obtenues, les catégories thématiques soulevées lors de l’exercice artisanal de leur exploration, ainsi que la confrontation des récits entendus aux critères établis de validation de l’hypothèse, autorisent l’identification de tendances novatrices pour les imaginaires et les valeurs. Ces dernières sont de nature à questionner les principes tautologiques de l’architecture.

Esta tese se dispõe a estudar a complexa interação entre arquitetura, pensamento ecológico, pensamento decolonial, feminismos ecológicos e cosmovisões indígenas. Reunindo abordagens complementares, ambiciona-se compreender as ligações que se estabelecem entre os conceitos, imaginários e valores dominantes conducentes a práticas que provocam estados de destruição socioecológica (incluindo o elevado nível de desigualdades sociais, o desaparecimento da biodiversidade, distúrbios climáticos e sazonais etc.). Desde os últimos anos, esses fenômenos convidam pesquisadoras/res de todas as disciplinas a teorizar e testar hipóteses inovadoras. Esta investigação situa-se em um cruzamento pluridisciplinar e propõe a hipótese principal de que: “uma postura disruptiva face ao paradigma civilizacional da modernidade ocidental colonial, incluindo a princípio uma evolução no âmbito dos imaginários e dos sistemas de valores, é uma condição necessária para se contrapor às tendências destrutivas das culturas e do meio”. Partindo do princípio de que novas ontologias ecológicas devem ocupar mais espaço, os fundamentos antropocêntricos, androcêntricos e colonizadores que fundaram essa modernidade são questionados neste trabalho, através de uma primeira parte dedicada à exploração teórica e à análise argumentativa. Numa segunda parte, é traçada uma história da arquitetura ecológica para retomar os principais conceitos e questões. Através desses prismas, uma pesquisa de campo foi realizada no Brasil por meio de entrevistas com arquitetas/os projetistas que entendem produzir uma arquitetura ecológica, para tentar revelar quais termos, valores, imaginários, práticas e relações essas/es arquitetas/os atribuem ao termo arquitetura ecológica; e se elas e eles delineiam conceitos e concepções com potencial disruptivo, procurando estabelecer pontos de superação dos paradigmas dominantes. O caráter qualitativo da análise dos dados obtidos, as categorias temáticas levantadas durante o exercício artesanal de sua exploração, assim como a confrontação das narrativas ouvidas com os critérios estabelecidos de validação da hipótese, autorizam a identificação de tendências inovadoras para os imaginários e os valores. Estas últimas são mesmo de natureza a questionar os princípios tautológicos da arquitetura.

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