A violência estrutural de gênero nas obras Mrs. Dalloway e As Horas

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16 juillet 2021

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Taís DE OLIVEIRA et al., « A violência estrutural de gênero nas obras Mrs. Dalloway e As Horas », Revue Actes Sémiotiques, ID : 10.25965/as.7291


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Résumé Pt En Fr

Neste artigo, discutimos a violência sofrida pelas personagens femininas em Mrs. Dalloway (Woolf, 1925) e sua adaptação The Hours (Daldry, 2002). As expectativas socioculturais recaem sobre elas, que têm suas vidas invadidas por sugestões externas, ditadas por figuras masculinas de poder, que visam impor a forma como as mulheres devem imprimir as suas formas de estar no mundo. As expectativas da sociedade e de seus maridos – para além das prescrições médicas – tentam limitar as mulheres a apenas um papel temático (Greimas; Courtés, 2008), em torno do qual as suas singularidades se perdem. A repressão da sexualidade em The Hours passa pelo silenciamento dos impulsos sexuais de Virginia e de Laura, configurando uma forma de violência estabelecida em favor da manutenção do status quo social. Em Mrs. Dalloway, Clarissa e Sally têm a sua proximidade interrompida em favor das expectativas sociais. Os sujeitos que não se submetem à modalização pretendida de ter de fazer ou ter de ser, não suportam o modo de vida sugerido, procurando soluções como o suicídio ou a fuga.

In this paper we discuss the violence suffered by female characters in Mrs. Dalloway (Woolf, 1925) and its adaptation The Hours (Daldry, 2002). Sociocultural expectations fall on them, who come to have their lives invaded by external suggestions, dictated by male figures of power, who aim at impose how women should print their ways of being in the world. Society’s and their husbands’ expectations – besides medical prescriptions – try to limit women to only one thematic role (Greimas; Courtés, 2008), around which their singularities get lost. Sexuality repression in The Hours passes by silencing Virginia’s and Laura’s sexual impulses, configuring a form of violence established in favor of maintaining the social status quo. In Mrs. Dalloway, Clarissa and Sally have their proximity interrupted in favor of social expectations. Subjects who do not submit to the intended modalization of having to do or having to be do not support the suggested way of life, looking for solutions such as suicide or escape.

Cet article discute la violence soufferte par les personnages féminins des œuvres Mrs. Dalloway (Woolf, 1925) et son adaptation The Hours (Daldry, 2002). Des expectatives socioculturelles tombent sur elles, qui ont leurs vies envahies par des suggestions extérieures, dictées par des figures masculines de pouvoir, qui visent à imposer le mode dont elles doivent imprimer leurs manières d'être au monde. Les attentes du mari et de la société et les prescriptions médicales tentent de les limiter à un rôle thématique (Greimas; Courtés, 2008) unique, autour duquel se perdent leurs singularités. La répression de la sexualité dans The Hours passe par réduire au silence les pulsions sexuelles des personnages Virginia et Laura, ce qui configure une forme de violence instituée en faveur du maintien du statu quo social. Dans Mrs. Dalloway, Clarissa et Sally ont sa proximité interrompue en faveur des attentes sociales. Les sujets qui ne se soumettent pas à la modalisation voulue du devoir ne soutiennent pas le mode de vie suggéré, cherchant des sorties telles que le suicide ou la fuite.

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