1 juillet 2002
Ce document est lié à :
10.17575/rpsicol.v16i2.486
info:eu-repo/semantics/openAccess
Alexandra Isabel de Sá Gonçalves et al., « A manifestação aversiva de racismo: Dissociando crenças individuais e crenças culturais », Psicologia, ID : 10670/1.wl1fq3
As abordagens actuais do preconceito e racismo têm sugerido que as manifestações racistas, apesar de condenáveis à luz das normas vigentes, não têm diminuído. O racismo surge agora com uma aparência diferente (indirecta e subtil), mesmo naqueles que se declaram manifestamente anti-racistas (e.g. Gaertner & Dovidio, 1986; Dovidio & Gaertner, 1998; Devine, 1989). A explicação para este fenómeno parece passar pelo pressuposto da existência de duas estruturas distintas de conhecimento: as crenças culturais (estereótipos) facilmente activadas, e as crenças individuais, apenas activadas em algumas circunstâncias (Devine, 1989). A natureza dos julgamentos subsequentes será função da estrutura de conhecimentos que tiver sido activada. Esta hipótese foi abordada em dois estudos, um contextualizado ao nível de comportamentos criminosos (Estudo 1) e outro ao nível de transgressões no emprego (Estudo 2). A activação destas duas estruturas de conhecimento foi operacionalizada pelo objectivo de processamento fornecido aos participantes, que ora se centrava no "que eu penso" ora no que "as pessoas em geral pensam". Como esperado, a activação das crenças culturais geraram respostas mais discriminatórias que as crenças individuais.