Os usos de aplicativos de mensagens instantâneas e grupos de redes sociais no cotidiano dos entregadores de plataforma: como jogar as regras do jogo e a produção de identidades coletivas

Résumé Pt En Es Fr

Este artigo, resultado parcial de pesquisa de mestrado em andamento, aborda as dinâmicas e interações estabelecidas entre entregadores de plataformas de trabalho por meio de grupos em aplicativos de mensagens instantâneas e páginas em redes sociais. Primeiro, apresenta-se o descompasso entre as representações feitas pelas empresas-plataforma acerca dos trabalhadores e as formas como eles próprios enxergam-se e entendem o seu trabalho. Em seguida, discute-se os usos dos aplicativos de mensagens instantâneas, atentando para os principais padrões de interação dos trabalhadores em ambientes digitais com o objetivo de mostrar que há racionalidades ambíguas que orientam as formulações deles acerca do seu trabalho. Além disso, que esses espaços têm papel decisivo na formação de identidades coletivas pautadas na valorização do trabalho e do sacrifício ligado a ele. A metodologia utilizada baseou-se na análise de materiais extraídos de páginas de redes sociais e sites institucionais das empresas Rappi e iFood no Brasil de um lado. E, de outro, na realização de pesquisa empírica digital de inspiração etnográfica, junto a grupos de entregadores nos aplicativos WhatsApp e Telegram e páginas de entregadores no Facebook.

This article, a partial result of a master’s research in progress, addresses the dynamics and interactions established among platform delivery workers through groups in instant messaging applications and social media. First, it presents the mismatch between the representations made by the platform companies about workers and the ways in which they see themselves and understand their work. Then, the article discusses the uses of instant messaging applications, paying attention to the main patterns of worker’s interaction on digital environments in order to show that there are ambiguous rationalities that guide their formulations about the work. In addition, that these spaces have a decisive role in the creation of collective identities based on the appreciation of work and the sacrifice linked to it. The methodology used was based, on one hand, on the analysis of materials extracted from social media pages and institutional websites of the companies Rappi and iFood in Brazil. On the other hand, it was conducted an empirical digital research, of ethnographic inspiration, in groups of delivery workers on WhatsApp, Telegram and pages of these workers on Facebook.

Este artículo, resultado parcial de una investigación de maestría en curso, aborda las dinámicas e interacciones que se establecen entre los repartidores de plataformas de trabajo a través de grupos en aplicaciones de mensajería instantánea y páginas en redes sociales. En primer lugar, se presenta el desajuste entre las representaciones que hacen las empresas de plataforma sobre los trabajadores y las formas en que se ven a sí mismos y entienden su trabajo. Luego, se discuten los usos de las aplicaciones de mensajería instantánea, prestando atención a los principales patrones de interacción de los trabajadores para mostrar que existen racionalidades que guían las formulaciones de ellos sobre su trabajo. Además, estos espacios juegan un rol decisivo en la formación de identidades colectivas basadas en la valorización del trabajo y el sacrificio ligado a él. La metodología utilizada se basó por un lado en el análisis de materiales extraídos de páginas de redes sociales y sitios institucionales de las empresas Rappi e iFood en Brasil. Y por otro fue realizada una investigación digital empírica, de inspiración etnográfica, dentro de grupos de repartidores en las aplicaciones WhatsApp y Telegram y páginas de Facebook.

Cet article est le résultat partiel d’une recherche de master en cours, il aborde la dynamique et les interactions établies entre les livreurs de plateformes digitales de travail à travers l’analyse des messages de ces groupes et de leurs pages des réseaux sociaux. Dans un premier temps, le décalage entre les représentations faites par les entreprises de plateformes sur les travailleurs et la manière dont ils se voient et appréhendent leur travail est présenté. Ensuite, les usages des applications de messagerie instantanée sont discutés, en prêtant attention aux principaux modes d’interaction des travailleurs dans les environnements numériques afin de montrer qu’il existe des rationalités ambiguës qui guident leurs formulations sur leur travail. De plus, ces espaces jouent un rôle déterminant dans la formation d’identités collectives fondées sur la valorisation du travail et du sacrifice qui lui est lié. La méthodologie utilisée est, d’une part, basée sur l’analyse de matériaux extraits de pages de réseaux sociaux et de sites institutionnels des entreprises Rappi et iFood au Brésil, et, d’autre part, nous avons effectué des recherches numériques empiriques d’inspiration ethnographique, auprès des groupes de livreurs des plateformes qui utilisent les applications WhatsApp et Telegram et les pages de ces travailleurs sur Facebook.