1 décembre 2013
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Perla Klautau et al., « Comer para existir: trauma, oralidade e contornos do Eu », Avances en Psicología Latinoamericana, ID : 10670/1.xjkjps
Nosso objetivo é investigar formas de organização do eu derivadas do atravessamento de situações traumáticas. O ponto de partida foi o atendimento de uma jovem que, após ter sofrido traumatismo crânio-encefálico (TCE), desenvolveu uma compulsão por ingerir doces e falar. Este pode ser um recurso utilizado diante de experiências traumáticas que rompem a camada protetora e, consequentemente, os contornos do eu: sem barreiras de contenção, a integração pessoal encontra-se comprometida. Para aplacar a angústia provocada pela sensação de eu despedaçado, comer pode funcionar como uma tentativa de existir, em outras palavras, de construir contornos capazes de proporcionar consistência ao eu.