Las biopolíticas de la financiarización de la vivienda: una aproximación a las violencias epistémicas del capitalismo financiero

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1 juillet 2023

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Luis Alberto Salinas et al., « Las biopolíticas de la financiarización de la vivienda: una aproximación a las violencias epistémicas del capitalismo financiero », Revista de Estudios Sociales, ID : 10670/1.y5d3t1


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Desde el concepto de biopolíticas de la financiarización de la vivienda, este artículo aporta una comprensión conceptual de los procesos de financiarización. A partir de las categorías foucaultianas de disciplinamiento y regulación, se elabora un análisis empírico de los mecanismos que propagaron en México la aspiración de diversos sectores de la población con recursos limitados para acceder a una vivienda propia mediante créditos hipotecarios. La construcción de la noción de biopolíticas de la financiarización de la vivienda se fundamenta en una investigación empírica realizada en dos momentos diferentes (2017 y 2020) y que consiste en entrevistas semiestructuradas a propietarios de vivienda económica en la periferia de la Zona Metropolitana del Valle de México. Se demuestra que, lejos de beneficiar a los acreditados, su inserción en las relaciones crediticias merma los ingresos e incide negativamente en su calidad de vida. La presente discusión se articula a través de cinco dispositivos del biocapitalismo financiero de la vivienda —el discurso del patrimonio propio, la estratificación socioterritorial, la falacia del crédito social, la realidad de la vida periférica y la de las vidas endeudadas—, los cuales ayudan a comprender las violencias epistémicas inherentes a un modelo de desarrollo económico y territorial financiarizado que genera ganancias económicas y políticas para unas pocas personas, en detrimento de quienes supuestamente se beneficiarían de las políticas de vivienda. En función del análisis efectuado, se ha podido observar que los dispositivos implementados muestran la sutilidad del ejercicio del poder en la provisión financiarizada de la vivienda.

This article provides a conceptual understanding of the processes of financialization based on the concept of the biopolitics of housing financialization. Drawing on the Foucauldian categories of disciplining and regulation, we elaborate an empirical analysis of the mechanisms that, in Mexico, propagated the aspiration of various sectors of the population with limited resources to have access to a home of their own through mortgage loans. The construction of the notion of biopolitics of the financialization of housing is based on an empirical research conducted at two different times (2017 and 2020) and consisting of semi-structured interviews with owners of affordable housing in the periphery of the Metropolitan Area of the Valley of Mexico. It shows that, far from benefiting borrowers, their insertion in credit relations undermines income and negatively impacts their quality of life. The present discussion is articulated through five devices of the financial biocapitalism of housing —the discourse of personal wealth, socio-territorial stratification, the fallacy of social credit, the reality of peripheral life, and the reality of indebted lives—, which help to explain the epistemic violence inherent to a financialized model of economic and territorial development that produces economic and political gains for a few people, to the detriment of those who are supposed to benefit from housing policies. The analysis reveals that the devices implemented reflect the subtlety of the exercise of power in the financialized provision of housing.

Do conceito de biopolíticas da financeirização da moradia, neste artigo, contribui para uma compreensão conceitual dos processos de financeirização. A partir das categorias foucaultianas de disciplinamento e regulamentação, foi elaborada uma análise empírica dos mecanismos que propagaram no México a aspiração de diversos setores da população com recursos limitados para ter acesso a uma moradia própria mediante créditos hipotecários. A construção da noção de biopolíticas da financeirização da moradia está fundamentada numa pesquisa empírica realizada em dois momentos diferentes (2017 e 2020) e que consiste em entrevistas semiestruturadas com proprietários de moradia econômica na periferia da Região Metropolitana do Valle do México. Demonstra-se que, longe de beneficiar os acreditados, sua inserção nas relações creditícias diminui os ingressos e incide negativamente em sua qualidade de vida. A presente discussão está articulada por meio de cinco dispositivos do biocapitalismo financeiro da moradia — o discurso do patrimônio próprio, a estratificação socioterritorial, a falácia do crédito social, a realidade da vida periférica e a das vidas endividadas —, os quais ajudam a compreender as violências epistêmicas inerentes a um modelo de desenvolvimento econômico e territorial financeirizado que gera lucros econômicos e políticos para umas poucas pessoas, em detrimento de quem supostamente se beneficiará das políticas de moradia. Em função da análise efetuada, tem podido ser observado que os dispositivos implementados mostram a sutilidade do exercício do poder na provisão territorial financeirizado da moradia.

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