Chapitre 6. Le (non-)recours à la traduction en rétention. Blocages institutionnels et médiations informelles dans les lieux d’enfermement pour étrangers

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26 septembre 2022

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Louise Tassin, « Chapitre 6. Le (non-)recours à la traduction en rétention. Blocages institutionnels et médiations informelles dans les lieux d’enfermement pour étrangers », Presses de l’Inalco, ID : 10.4000/books.pressesinalco.44659


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Ce chapitre analyse les usages prescrits et proscrits des langues étrangères dans les centres de rétention administrative (CRA), lieux destinés à enfermer les étrangers en situation irrégulière le temps d’organiser leur expulsion du territoire. À partir d’une enquête ethnographique menée au sein d’un CRA, il étudie la manière dont le personnel présent en continu – les policiers et les employés des sous-traitants chargés de gérer la vie quotidienne des « retenus » – appréhende, ignore ou compose avec les différences de langues.L’enquête montre que le droit à un interprète en rétention reste limité malgré la progression des législations, et que la question des langues étrangères y revêt aussi, voire surtout, des enjeux sécuritaires. Ce contexte confère une place singulière aux salariés assignés aux tâches subalternes dans l’institution : les « agents d’accueil » recrutés par les prestataires de service, qui font notamment l’intermédiaire entre le personnel et les retenus. Majoritairement immigrés, ces travailleurs précaires sont conduits à endosser un rôle informel de médiateur, pour lequel le recours aux langues étrangères constitue à la fois une ressource professionnelle et une source de stigmatisation. L’enquête souligne ainsi à quel point la question linguistique, encore insuffisamment explorée dans le champ du contrôle migratoire, porte en elle des enjeux d’ordre tout à la fois socioprofessionnel, juridique et politique.

Este capítulo analisa o uso prescrito e proibido de línguas estrangeiras em centros de detenção administrativa (CRAs), locais concebidos para prender estrangeiros ilegais enquanto sua expulsão do país está sendo organizada. Baseado em un levantamento etnográfico realizado em um CRA, este capitulo estuda como o pessoal presente em todos os momentos - policiais e pessoas subcontratadas responsáveis pela gestão da vida diária dos «detentos» - apreende, ignora ou lida com as diferenças linguísticas.O estudo mostra que o direito a um intérprete em detenção continua limitado, apesar do progresso da legislação, e que a questão das línguas estrangeiras é também, ou mesmo principalmente, uma questão de segurança e proteção. Este contexto dá um lugar especial aos subcontratados designados para tarefas menores na instituição, os «agentes de recepção» recrutados pelos prestadores de serviços, que atuam como intermediários entre o pessoal e os detentos. Em sua maioria imigrantes, esses trabalhadores precários são levados a assumir o papel informal de mediador, para quem o uso de línguas estrangeiras constitui tanto um recurso profissional quanto uma fonte de estigmatização. A pesquisa destaca assim até que ponto a questão linguística, que ainda não foi suficientemente explorada no campo do controle migratório, envolve questões sócio-profissionais, legais e políticas.

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